Amor é a recompensa de quem encalça Com os quatro cantos dos olhos Passando por cada pelo, a luz . É este amor, que se ganha, cego Uma recompensa do fim do mundo Passantes trovões que não enfeiam As tardes, em tempo, de verão. O que vale o preço e a pena Dos segundos contado das horas Arrepiado furor, que já se espera Amando, amado, pela boca. Amor é o que se colhe No ínfimo tempo, tempo de choro. Tantos riem também da mesma dor, Que se puxa pelos olhos, o amor.