Meus olhos não dão conta de vêem O tanto de silêncio ajuntado Encima de tudo, camada espessa, Massa profunda, cheiro sem cor. Meus olhos não cabem a visão Dos teus, simulação de vertigem, Porta fechada, desabrigo, Corda fornalha, os meus tição. E não dão conta da claridade Luz de eletricidade, Sem tamanho. Nem choram o tanto dos teus, Lembrança que me faz tentar, Um choro, um pingo... Não sai. Meus olhos não são do mesmo tamanho Da solidão, sol a pino, Quando de um galho de cima Um passarinho me lembra A calma do teu amor, A lentidão do teu beijo, O interesse regressivo, Por ti, que já contei em resposta. Por mais que eu abra os meus olhos Tentando a visão do que sei, Envolto em mim, passeia e queda, Não, em altura, em largura Em comprimento e fundo, Eles decifram a visão do mundo compacto, Que minha vida é. Um alqueire, talvez menor, Uma testada, talvez, menor, A casa dos anões, talvez menor, Mesmo em sendo, meus olhos, Ainda são muito menores.