O tu olhar tem a mansidão do dia Nas derradeiras horas do poente Amarelando o céu de repente À beira do abismo de uma note fria. As horas passam vagarosamente Em teu olhar onde mora a nostalgia De um fim de tarde pleno de poesia No qual o sol recolhe-se cautelosamente. Em teu olhar agoniza o segredo Que o silêncio esconde e guarda do teu medo. Como se o resguardasse sua própria sorte. São teus olhos ternamente enamorados Carinhosos, tristes, brilhantes e apaixonados Que inventam até esta paisagem forte.