Apeio do caminhão de paixões e sonhos Possivelmente conduzido por Deus. Senti uma tristeza cobrindo os telhados As cigarras tecendo a tarde murada O trovão quietou as cordas do piano. Aparece repentinamente o arco-íris Pacto aleatório entre Deus e os homens Sem a confirmação da benzedura divina Paira sobre os apenados, mendigos, marginais Sobre os desenganados tristonhos.. De todos os cantos de mim Rebenta um dedo terribilíssimo a me apontar Porque sem os notar não faço conta Das sobras terminais do mundo. O céu agora se transfigura, em branco puro. Céu pintado, que escorria tinta. Céu sempre futuro e desesperançoso E como são necessários Estes sofrimentos de planos desiguais. E do que mesmo eu me lembre? Só destes puxados caranguejos da vida.