Inquestionavelmente tu Rosa sobre as outras rosas, Que sol e vento beijam primeiro Que à minha boca bate certeira E os meus olhos, ainda longe, Avistam-te fulgurosamente Desta beleza soberba. Quando te abocanho Não vejo espinhos Mas eles já estão mordendo a minha carne. Trabalho de nada, coisa feita à toa, De saborear teus lábios Jamais me cansaria, Que assim a vida fica boa. Fico mais, como quem ficasse Rente a esta imagem linda, Cativo teu. De tocá-la enlevam-se minhas mãos E te colho, lançando dentro de mim Uma profusão de amor.