Na procela os ventos se quietam E passam horários de ponteiros livres, Rodopiam as horas porque o tempo embala O mar bravio que se separa. Deixando à tona superfície velhos lunáticos Com talheres de ouro, candelabros de prata. No mar das tormentas Temperou-se o vento E não quebram ondas Por sobre os rochedos,. E virão peixes à superfície, Entregar-se aos pesqueiros Como no milagre. E serão partidos ao meio E o resto será jogado Pra que outros peixes comam, Na confortável areia. Rompeu-se o mar, E o farol faz um rastro fino Que agora é um caminho Não marés, não mares, não águas. As praias serão habitadas Por pássaros silvestres amazônicos, Ou babilônicos que aportarão aqui. Calma demais caminhará a onda Porque sabe, vem e não volta mais. Aqui há sede, a sede dela, Onde se perpetua um deserto calmo, De cá agora se vê portugal.