Com a investida das feras E a procissão silenciosa das formigas O predaor toma distância de proximidades. Esperneia, Faz como quem vai desistir, Hiptoniza. E já se aproxima de mim Sou um Colizeu, só ruínas De espada e esporas, E um lastro podre sob os pés. O inimigo é uma fera larga E eu prentenso em minha defesa Não o olho, estou na luta. Nas tendências de gestos, embaraçosos. Na fricção do joelho na outra perna, O lamento do golpe acertado. E o tempo conta. Desce a linha da sombra E vai o rival crescendo e eu descendo. Pobre de mim, tudo que vem é contrário, É doloroso, é arbitrário. Armas que não se negociou, Surgem de todos os lados do meu escudo, E se renova o seu fulgor, E eu me abato, e saio, Caçando becos, olhando lados. E não feri, mais que em mim dói. É preciso lutar contra este deus mortal, Que não se cumpre, por gestos nem palavras. O que faz de mim, Ou o que permite que dele, faça. Somos dois exaustos Escorados pelas cabeças, Pelas tabelas. E a prenda bela, A recompensa, saiu pra retocar o rosto, Enquanto o díspare roedor, Deu mais uma volta E volta foi, de não voltar. Foi lavar-se na foz da rua. Eu marquei o chão com a minha cor. E o devaneio por embates, De ser guerreiro embainhado, escudado, Piorado em meus prós e contras.