Aqui me vedes, aqui me tendes. Com todos os defeitos de antes Com todos os contados dentes E tudo esperando o instante. Completo em meus defeitos vistos, Um absurdo que se engole seco Eu que dos modelos disto Roçando a barriga nos becos. Sou eu este ser temível e dócil, Que beija e a minha boca adoça Uma marca que perdura e coça Que nunca me extingo, um fóssil. Como a madrugada, ou uma ameaça, E que venha o dia e o sol renasça, Um cúmplice do tempo uma morrasca Do que foi uma fruta, apenas casca.