Cobriu-se do mesmo claro Tecido fino, feito à mão De uma teia que ninguém vê. Começa agora O dia a dar seus beijos E a nubente Despoja-se no campo branco. E a vestimenta Da primeira mostra Vem como maré rasteira O sol marcando as calçadas Os campos desocupados. A cor agora é outra. Um tecido cor de ouro Que os olhares ofusca E reluzente enobrece a moça. Na mudança do tempo um ser se manifesta: "A felicidade é esta chama branda Que não queima e vem do céu. Dela se enfeitam As colinas as campinas, E bem repete o milagre Que só Deus faz: Ressuscitar a semente Sob os escombros do tempo Que ela se deu". Tinge-se o dia De um cinzento De fogo pigmentado. E o preparo, é um agasalho. Agora é a noite Separada.