O que me faz sentir As contrações de amar É o externado amor, batizado assim, Com este nome E nem é mulher nem é homem É uma dor de fazer. Não é um esforço de expelir, Nem botar pra dentro, É um desejo ferido de perpetuar-se Profundo onde ninguém me ache, E eu me encontre amando. Ó barriga ardente, Ó casa quente, E o inverno com seus ventos, Não me balançam os cabelos. Assim me dou e tenho Abrigo, luz, e gozo. E ainda me sinto protegido, Sendo eu também protetor. Ó casa aconchegante, Quando entrei, passante, Atormentei-me querendo, O prazer de novo, Reentrar ao ventre, Puxar-me pela delícia Dos teus caprichos, Entrar novamente para o ovo.