Deitado e largado, o que eu vejo é descaso Nenhum pingo mais de união Por onde eu passo, o sintoma é de fracasso E pra quem pediremos perdão? De um lado pro outro, vestido em trapos O que nos resta é a solidão Enquanto o medo desfila em marcha, fardado Na audiência da televisão Quem é o bandido? Quem é o vagabundo? Quem fala por mim, sem enxergar o meu mundo? Com a indiferença afiada ou uma pedra nas mãos Então me diga, meu bom cristão Eu sou o frio e a fome Eu sou o medo do estrago Em tempos tão doentes Eu sou o filho desajustado Mas se quer saber como estou Vivo longe da sua prisão Sei muito bem quem eu sou Quem vocês são? Deitado e largado, não me sinto acordado De olhos abertos, eles me levam ao chão Excomungado, enganado, despido, escarrado Meu refúgio é o meu coração Só me resta o meu coração Deitado e largado, não me sinto acordado De olhos abertos, eles me levam ao chão Excomungado, enganado, despido, escarrado Meu refúgio é o meu coração Só me resta o meu coração Quem é o bandido? Quem é o vagabundo? Quem fala por mim, sem enxergar o meu mundo? Com a indiferença afiada ou uma pedra na mão Então me diga, meu bom cristão Eu sou o frio e a fome Eu sou o medo do estrago Em tempos tão doentes Eu sou o filho desajustado Mas se quer saber como estou Vivo longe da sua prisão Sei muito bem quem eu sou Quem vocês são? Eu sou o frio e a fome Eu sou o medo do estrago Em tempos tão doentes Eu sou o filho desajustado Mas se quer saber como estou Vivo longe da sua prisão Sei muito bem quem eu sou Quem vocês são?