Sonhos como o de Martin além da faixa do protesto Congressos, eu que me fecho como feriados longos distante Azul do Congo, céu de paz, terra de seres pluricelulares Cultos milenares, padarias, bares Ruas, calçadas, ciladas, mãos calejadas Escravos, amas de leite, MCs de enfeite Me aceite como derrotas que mudam seu crescimento Rimador, lente de aumento Arranco o coração do pulso da corporação Sem refrão, sem açúcar, sem medo, sem união Acende a bomba no fogão E apaga a mente no oitão, ridículo Parteum, a coleção em fascículos A humanidade se extinguindo em capítulos Me diga com quem anda e eu não ando com você Pode ser intuição, mas a voz no meu ouvido nunca falha Novo dia, eu travo novas batalhas Como Qui-Gon Jinn, Jedi longe do fim De terno e mocassim numa dessas festas chiques Não me irrite com esse papo de que adora o rap Eu faço, estudo, produzo, curto, pra você até Rap é compromisso, sempre foi difícil Largue desses vícios MC hipérbole, DJ desgraça eterna Sou capitão Caverna cutucando quem hiberna Esquece de onde vem, pra onde vai Por onde entrou, por onde sai Do labirinto do dragão faminto Do quinto andar até a rua de baixo Quebra cabeça, sempre encaixo as palavras com perfeição Jã te avisei, não tem refrão, é só ideia magnética Te puxo quando quebro o flow, busca frenética Bem mais do que me cabe nesse latifúndio Pulverizado o Mapa-Múndi, minhas composições O diplomata das nações sem teto Eu falo reto nesse labirinto, brindo minhas poucas vitórias Pequenas glórias de viver no meu canto Usando a rima como manto Pra que os tolos não me levem em suas aspirações Sensacionais conversas digitais Que tumultuam meu nobre pensar Veja-me fazendo o que é logico e elementar De um jeito diferente, venho expondo minha cultura Manafuzi dando o tom, escuta aí essa mistura Pura literatura aqui da America do Sul Original, mas não do samba como era Mussum MZU, Suissac, Secreto e Parteum Três homens e um segredo atrás da rima escrita em dialeto Secreto com um decreto Tentando trazer a paz como Islã Eu deito no divã e vejo bruxos dominarem a Babilônia Como os terroristas lá do Talibã (hã) É como disse no ditado, quem tem olho nessa Terra é rei Quem é real e quem não é? Hã hã, eu sei Força, coragem e sabedoria Essa é a dose de remédio que eu tomo no meu dia-a-dia Pra sobreviver num mundo de demagogia Com a sintonia perfeita, eu fico na espreita Entre bairros e cidades e constelações Ouço canções de MCs Que tem a fé que sempre move montanhas Se quer vencer nessa façanha Chega junto e nos acompanha