Tom: E G#m7 B7M Toda a vez a mesma história criança correndo, mãe chorando chapa quente. G#m7 B7M Tiro pra todo lado, silêncio na praça o corpo de um inocente G#m7 B7M Chega a maldita polícia, chega a polícia e o medo é geral G#m7 B7M Armado, fardado, carteira assinada com ódio na cara pronto para o mal. Mais um preto que morre ninguém nos socorre, a comunidade na cena A arma dispara o pânico aumente parece até cinema não é (É real) As armas não são de brinquedo (Quando a policia invade a favela espalha terror e medo) É gente da gente que não nos entende e usam de violência Um corpo estendido no chão ao lado de uma poça de sangue consequência Do despreparo daqueles que eram para dar segurança Que ganham aumento por bravura quando tudo termina em matança Refém do medo Guerreiro do inferno guiado por Jesus Na escuridão Tentando, buscando achar uma luz. E por falar fazendo uma curva, uma viatura. Vou ter que dar uma parada porque agora vou ter que levar uma dura Como sempre acontece tapa no saco me chamam de preto abusado Documento na mão vinte minutos depois eu tô liberado É complicado ser revistado por um mulato fardado Que acha que preto favelado é o retrato falado Sempre foi assim Covardia até o fim A porrada que bate na cara não dói no playboy burguês, só dói em mim Programado pra matar (pá - pá) Atira e depois vai perguntar Se ele trabalhava ou se traficava só sei que deitado no chão ele está E gera revolta na cabeça da comunidade que é marginalizada pela sociedade Que se cala escondida no seu condomínio na favela ainda impera a lei do genocídio Noventa por cento da população não anda de arma na mão Não confia na proteção Medo de camburão Vê cassetete na mão Fica jogado no chão. [Chorão] G#m7 B7M G#m7 Quando o ódio dominar, não vai sobrar ninguém B7M G#m7 O mal que você faz reflete em mim também B7M G#m7 Respeito é pra quem tem... Pra quem tem! ( G#m7 B7M ) Autoridade vem e invade sem critério nenhum Som da sirene cheiro de morte derrubaram mais um Na frente do filho eles quebraram o Pai O Zé povinho fardado vem, entra, mata e sai Sem ser julgado, corrompido, alienado, revoltado, fracassado vai pintando esse quadro. O quadro do filme da sua vida O quadro de vidas e vidas da maioria esquecida Decorrente do descaso e da corrupção moleque cresceu, não tinha emprego então virou ladrão Menor bolado por aqui tem de montão Morre um nasce um monte com maior disposição [Mv Bill] Do pensamento de todos aqueles que além das favelas são fiéis (A revolta te consome da cabeça aos pés) (2x) [Chorão] A falta de perspectiva sem a possibilidade de escolher o que é melhor pra sua vida E que gera revolta na cabeça da comunidade que é marginalizada pela sociedade Que se cala escondida no seu condomínio. Na lei da favela ainda impera o genocídio Sua dura vida lhe ensinou a caminhar com as próprias pernas Resta agora você se livrar do mal que te corrói e te destrói Porque o crime não é o creme bota a cara Mister M [Mv Bill] Qualé mane o que, que há vacilou virou Mun-rá. (2x) (Porque o crime não é o creme, bota a cara Mister M) [Chorão] G#m7 B7M G#m7 Quando o ódio dominar, não vai sobrar ninguém B7M G#m7 O mal que você faz reflete em mim também B7M G#m7 Respeito é pra quem tem... Pra quem tem! [Mv Bill] Não é somente a favela que é condenada a viver à luz de vela Tática de guerra, tiro, lama e terra capitão do mato seco pra atirar e não erra. Depois que descobre que o cara deitado no chão era inocente Revolta na mente, favela que sente. Ódio toma conta de muita gente Todo mundo pra rua querendo botar fogo no pneu Querem se manifestar porque alguém morreu Sua mãe que vai chorar, sabe o que perdeu. Tem rua fechada, carro parado, camisa na cara, piloto assustado, Relógio roubado, busão tá quebrado, neguinho bolado, caminhão saqueado. Batalhão de choque de porrete na mão Tiro para o alto pra assustar a multidão Tira o pino da granada de efeito moral Nessa hora todo mundo apanha igual marginal E chega o Bope de preto botando geral pra correr Segue avuado se não quer morrer Se pegar te esculacha, bomba de gás, bala de borracha. A manifestação que era para ser contra a violência Deixa mais feridos como consequência Bota a molecada para casa Tira a barricada, pista liberada não acontece nada, multidão se cala, um já foi pra vala, tudo o que acontece na favela não abala a ninguém. Pedir ajudar pra quem, veja o que tem, o povo tá sem, Somos do bem, faltando alguém, só resta o choro e lamento da família e dos amigos, que perderam um ente querido procura a Deus e diga amém. De boca fechada para o seu próprio bem. Teve um menor de camisa na cara, que deu uma pedrada num guarda que tava baixando a porrada, e quem não aceitava que aquilo rolava, o morro chorava. Mais um episódio que não deu em nada, somente confusão e mais gente machucada. Favela ocupada, medo dominado. Quem é trabalhador quem fica em segundo plano Segue matando, o povo enterrando, imposto pagando, desacreditando, justiça aclamando, por Deus implorando, por almas orando, com a vida jogando. [Chorão] Favela ocupada por uma semana vivendo em clima de tensão Quem tenta esquecer não consegue se lembra quando vê o sangue no chão A comunidade ainda assustada aos poucos retorna ao seu dia-a-dia A lágrima seca e a mente prepara o corpo para a próxima covardia... G#m7 B7M G#m7 Quando o ódio dominar, não vai sobrar ninguém B7M G#m7 O mal que você faz reflete em mim também B7M G#m7 Respeito é pra quem tem... Pra quem tem!