Meia-noite e dez Bateu nos confins do além Na cidade que parou Pra saudar o rei Que da guerra retornava, Contra o mundo ele lutava Para preservar os confins do além. Vamos para a rua Vamos ver o rei passar E o nosso soberano homenagear Acordaram os que dormiam Levantaram os que viviam nas alcovas, sós Em profundo amor Todos se reuniram nas calçadas Nos telhados, na avenida, enfim Eis que chega o rei Atenção para o sinal e, em coro, assim: Glória! Glória! Ao rei e senhor que tanto nos quer bem Glória! Glória! Ao supremo chefe dos confins do além Abaixo João Mais abaixo com José Viva o nosso Dom Maior, o eterno rei Viva o sol, viva a verdade Viva eu, viva a cidade E vivamos nós pra saudar o rei Abaixo Maria Mais abaixo com Sofia Viva o nosso Dom Maior, o eterno rei Viva a lua e a claridade Viva a eletricidade E vivamos nós pra saudar o rei Se vocês soubessem Toda a falsidade que havia ali Povo de coitados! Mas, pra majestade ouvir, cantavam assim: Glória! Glória! Ao rei e senhor que tanto nos quer bem Glória! Glória! Ao supremo chefe dos confins do além