Avô Léo tinha um cavalo branco Descolorido feito as garças E meu pai lhe olhava Com os olhos do sempre E até no dia que ele se foi Pai viu no leito o arreio Que ele montava Pai de pai era um grão roceiro As barra da calça pintada Do barro da terra vermelha Meu pai via e amava Que o amor De um filho ao pai É coisa de ser sentida só E não falada