Anseias por minhas janelas E eu nem as tenho pra dar Me invento do lado de dentro Me experimento seu experimento ocular Me enquadro em lapso cintilante Errante desisto da fala Mas sou homem da boca pra dentro No estojo da alma A terra de lá onde venho É pedra e não terra que há Mas vejam aqui nesse engenho É a janela que posso dar A noite na beira do rio Me cala milênios de voz Mas eu trago a voz desses bichos No estojo da alma Minha alma, minha alma, minha alma...