Não sobrou ninguém No panteão da música, me diga você, quem? Dos deuses que fizeram tudo aquilo que a gente tem Não sobrou ninguém Eles que criaram tanto e não viram um vintém Miseráveis, sofredores, filhos do desdém Não sobrou ninguém Colhedores de algodão que da Mãe África provêm Sua alegria do homem branco se tornou refém Não sobrou ninguém Todos seguiram viagem, embarcaram nesse trem Ao menos seu lamento para sempre se mantém