Vestidos só de lençóis Encarcerados em nós Aquela velha saudade Limada à saciedade Tudo do bom e o melhor A melodia que impera Nesse trabalho de espera Retorna em tom maior Não temos voz no futuro Nós damos tiros no escuro E vamos sendo alvejados Por esse amor, viciados Vivendo em nossa cabana Num frenesi que não para Essa doida é o meu samsara E já não busco o nirvana Atiro estas palavras num papel Esqueço a senha desse cofre e alcanço o céu Já não me importa a insistência, a rima, a métrica, a latência Pois essa melodia não me assombra mais