Deitado com a cabeça na mesa Acordo com o Sol em meu rosto Lembrando-me do que eu queria esquecer O amargo em minha boca reflete o que vivi Olho ao meu redor e vejo copos Restos mortais de uma madrugada sem fim E novamente aqui estou sentindo o pesar A dor e o sofrimento de estar vivo Respiro Cambaleando vou até ao espelho do banheiro Não reconheço seu reflexo vejo apenas um velho frustrado Embriagado que olha para o passado e vê seu futuro Sinto a dor de ser o que não sou De viver o que não quero viver Sinto a dor de não saber quem sou De perceber que fui enganado Ilusão Vivo mentiras todos os dias bebo pra me esquecer Sóbrio me recordo da inocência de uma criança Ha muito tempo perdida, ha muito tempo, perdida Tento encontrá-la, tento encontrá-la Tento encontrá-la, mas preciso ir trabalhar