DLM e MLC Como um TGV, só se ouve, não se vê Ancestral, manual do MC O quê? Como? Quando? E porquê? Manos sem base decalcam a fonética De frases indigestas como gases revelam significados Como foram capazes? Pobres rapazes… Primeiro fodem-te depois querem fazer as pazes Tás todo maluco, deixa de fumar charuto Não vês que tens os neurónios de luto A inteligência e coerência é o único produto Que precisas em bruto Damos-te um minuto para reflectires Antes de fechares a porta e de ires À tua vidinha, já se faz tarde Já está mais do que na hora de dormires Mas claro que fora deste beliche Tens a ignorância como fetiche É melhor rebobinares de novo pois não apanhaste Um puto dum corno daquilo que eu disse Muitos MC’s devem ter nascido no dia 1º de Abril Ou então já devem de ir sozinhos no consumo por inteiro do 3º barril Mundo Segundo e DJ Assassino Manos sabem que para as ruas chove mais um hino Genuíno, lírico extermínio De cabeças ocas no domínio, no domínio Quantos MC’s sem pedal nesta volta a Portugal? Quantos DJ’s dão o cu de um modo descomunal? Mas de MC só tens o microfone e tal E muitos Dj’s só têm mesmo o material Esse set não bomba em pista alguma para quem for bom conhecedor Não vai sobrar coluna nenhuma intacta após este terror Auditivo, instrutivo Muitos fazem rimas, eu escrevi um livro Aliás, vários sobre o ser vivo Que pode ir além daquilo que lhe é incutido Encaminho putos no bom caminho como o meu mano Fusão Dealmático, pentagonal, corda vocal na sua máxima tensão Isto bate como bolotas do Paquistão Após dois compridos é pura comunhão Microfone aberto, o suor escorre do tecto, temperatura de Verão Mas com o sangue frio sem chance, transe Metafórico longo alcance Acentuada nuance na performance Há pouco quem sinceramente contrabalance Muitos ignoram, raízes são cicatrizes Na cultura, a não ser directrizes Raros são os que têm identidade, a maior parte sofre de crises Esta vai para todos os reais MC’s e Dj’s originais, nada triviais