Esta é a matilha com que sonhas-te Que sangra negra sobre os teus lábios Se te parecer ver o meu rosto Não estranhes quando alguém te beijar Nem temas que te ferre ou te deixe ai À espera nesse ultimo chão Nem temas que te segue, e Te leve à total escuridão Repara no silêncio da rua Que está no ar à espera desse terror Será a única a testemunhar meu ardor E brilham os dentes sem perdão Que cravo em teu corpo gemendo E em redor num mundo cão Já se alegra fervendo Da geração da matilha Os focinhos são sem piedade Da geração da matilha Cada cão é a liberdade