Oi menino buchudo d’água barrenta Deixe essa lata de lado e se arrebenta E a chinela a açoitar, ói! Na sombra se vê é calango Sem perder o compasso, no carrasco tão pouco se vê! É a batida do bucho a espera do que saciar É a batida do bucho a espera do que saciar É a batida do bucho a espera do que saciar Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Espoleta na agulha, eu cai na caatinga Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Espoleta na agulha, a volante espreitou Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Arma branca na mão da barriga a roer Ao cuspir nesta prece sem merce se vê Lampião E a luz que o mesmo remete tão longe se vê É bandido, é mocinho, olha a sombra que nele se fez Não é pai, não é mãe, é a tormenta a bater e a coronha a roer Não é pai, não é mãe, é a coronha a bater Não é pai, não é mãe, é a tormenta a roer Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Espoleta na agulha, eu cai na caatinga Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Espoleta na agulha, a volante espreitou Olha a cabra! Olha é cega! Olha eu pago para ver Arma branca na mão da barriga a roer Ói fumaça! Olha é fogo e a desgraça no passo a chegar Sem bater na sua porta o menino buchudo bradou E o seu o filho sem dente sorrindo tão pouco se vê Pois barriga vazia a quem queira mudar, a quem queira lutar O homem é feito criança, o passado também O homem é feito criança, o passado também O homem é feito criança, o passado também