O que tiver que ser O que vier Não vou amarelar Permaneço na minha fé Não nego quem sou, chego no flow Pronto pro show, aqui estou Na ginga, levada, de pé na jornada Sigo pelo certo, não pago mancada Solto minha voz, por mim e por nós Na selva de pedra, o estilo é feroz De olho na cena me esquivo do algoz Buscando progresso negado pra nós Minha pele escura, carrega cultura Na veia o gueto, rega a luta Na conduta, não confunda Só quero o que é meu, não se assusta Não basta sonhar, tem que realizar Quem quer de verdade, vai batalhar Pra conquistar, saber chegar Mantendo o respeito em primeiro lugar Vou, sempre sendo quem eu sou Honrando os mandamentos que a favela me ensinou Vou, sempre sendo quem eu sou Honrando os mandamentos que a favela me ensinou Black é meu tom, rap é meu som Necessito, é mais do que dom Válvula de escape de tudo que eu sinto Sou da rua, esse é o ar que eu respiro Atividade, sagacidade, pela cidade, espalho a arte A cena invade, com identidade, olho no olho é de verdade Pra representar, em qualquer lugar Se liga é som de gueto pra tu se identificar Batucada popular, cultura popular Chegando em toda parte sem querer se rotular Berimbal metalizado, groove de tambor Batida digital, feita no computador Tá na rua, no mundão Pra 1 pra 1 milhão Vou rompendo as barreiras Tipo exportação Vou, sempre sendo quem eu sou Honrando os mandamentos que a favela me ensinou