Camará só morre quando morre a terra. A terra morre quando morre o camará. Eu, nos teus braços, sou promessa, uma quimera! Sou chuva e seca, sou a flor, sou camará Abacaxi plantado no pé da serra, coroa doce, sabugo de "ananá", eu te espero no trevo da primavera, sou água mansa, boiando no gravatá. O boa-noite tem cara que o dia chega. A água quente borbulha no caldeirão. Teu olhar me nega, mas não me desespera! Ladrão, reluto na hora da redenção! Porque camará.... Tua moeda compra toda liberdade, mas não garante a ti as chaves da prisão Aqui, de longe, eu me farto da saudade. Queria, mesmo, sustentar minha paixão. Eta, paixão que é do tamanho da verdade! Minha verdade, eu sei, é tua perdição. Filosofia à parte, quero a eternidade. Ela me cabe no bater do coração.