E em meio a favela É possível ver a sequela Do que foi criado Pelo capital de mercado Você pode ser alguém Basta fazer além Seguir o manual Viver pelo nosso ideal Proteger o cidadão de bem Nem que se tenha que fazer de refém A escoria da sociedade Os que estão na marginalidade Preto, pobre, vagabundo Não passa de um moribundo Não nasceu rico Então pediu por isso Vou te deixar produzir Mas não vou repartir Doe sua força de trabalho Ou será desempregado E se der muita sorte Vai ser de grande porte De oprimido pra opressor Sua tarefa agora é se impor Assim se mantém Essa terra de ninguém Quem tem pode Quem não tem só se fode Preto, pobre, vagabundo Não passa de um moribundo Não nasceu rico Então pediu por isso Atira primeiro e depois pergunta Favelado morto não mais assusta O mundo é pra quem pode Foda-se se nasceu sem sorte