Seguindo na BR com meu caminhão Parei em um buteco para descansá Pedi um conhaque de alcatrão Tô veno uns meliante que não param de apontá Já contei uns cinco cara e uma sapatão Seis é pouco, tô tranqüilo, vô rancá fubá Me garanto na birosca mas não quero confusão Se esse cara dé um pio, a cobra vai fuma! Eu tô cansado, bicho! Eu tô quereno paz! Cê riu da minha cara, isso não se faz! Num vai presta! Foi o que eu disse antes de começar a bater Foi cadeirada até na dona do boteco Baixei porrada e não queria mais parar Num vai presta! A baixaria comeu solta no ambiente Por culpa de um cachaceiro inconseqüente E pelo jeito a coisa aqui vai piorá Num vai presta! Saindo do boteco de volta pro caminhão Nem paguei o conhaque porque a dona tava mal O caminhão parado perto de um barracão Daqui eu já tô vendo que tem algo anormal Já tô com sangue quente, não vai ter perdão Pois a mão nas minhas coisas, tá querendo se dar mal Não tô acreditando na situação Tem bandido na buléia, outro quebra-pau Cê qué roubar meu rádio? Cê tá ficano louco? Vô arrancá seu couro E acho que ainda é pouco!!! Num vai presta! Foi o que eu disse antes de começar a bater Agora qui a coisa aqui vai ficar feia Só vô dá murro e joelhada na oreia Num vai presta! É essa vida miserável que me apronta Queria um trago e depois ia paga a conta Mas sempre tem um otário pra apanhá Num vai presta! Eu sei que um dia ainda entro numa fria Enquanto isso estou no trecho todo dia E tenho ainda muito chão para rodá Num vai presta! Num vai presta!!! Uh oh... uh oh... uh oh... uh oh…