És do início ao fim minha ideia Tintim por tintim, te inventei Te exibi, te expus, casa cheia Na estação da luz me mostrei E afinal, quem sou eu se não Sombra da minha obra, um Deus Como pode o teu mal Ser o meu abrigo Meu próprio umbigo diz Todo corte é vital Toda cicatriz, nosso museu Dei ao teu papel cada letra Minha língua ao teu bel-prazer Te encarnei, te pus, qual penetra Olhos verde-azuis ao meu ver És real, mas o rei não é Dono do próprio trono, eu sei Como um reles mortal Viverei eternamente A conter nas mãos Todo o agora, e que tal Ser feliz então? É minha lei Fiz o que pude, uma ode aos teus áis Fiz o teu filme, fui homem demais Fiz um barraco, não arranco jamais Fundo o nosso amor Descansa em paz