Onde é que te escondeste, Amado, Amado meu Deixaste-me em gemidos de amor, ó meu Deus! Fugiste como um cervo, ferido aqui estou Quem poderá curar-me de Amor, ó Senhor? Acaba de entregar-te, pois isso só se cura Com Tua presença e Tua formosura Quem poderá curar-me de Amor? Não queiras enviar mensageiros a mim Pois deixam-me morrendo de amores assim Pastores que subires, se por ventura O vires Dizei ao meu Amado que morro de Amor! Buscando meu Amado, irei pelas ribeiras Não colherei as flores nem temerei as fronteiras! Ó bosques e espessuras de flores esmaltados Dizei-me se convosco está o meu Amado? Mil Graças derramando passou sua Figura E a tudo revestiu de grande formosura!