Pressentimentos de premonições Revelam um futuro de sangue Infaustas revelações de meu fadário Além de mim não enxergo ninguém Nem uma mão sequer para limpar o pranto Naquele leito de miséria só há as lágrimas que juntei A consciência que adquiri estava conturbada O riso que tive foi de falso alento As quedas que tive no caminho faziam parte da trilha E no pico da montanha só havia o meu espírito que me esperava Foi loucura a forma que dei significado a tudo Foi sempre por medo de encarar as coisas como são Eu sou o meu próprio medo e responsável pela tumba ali exposta Eu sou minha própria morte E culpado por todos os crimes que cometi a mim mesmo Serei julgado pelo abismo porque os juízes desistiram da tarefa Criei as leis e as ditarei para meu fim Apagarei a minha história e assim descansarei dessa desventura