Entorpecido pela realidade que tinha em seus dias Mais uma vez ele tentava em vão acreditar Que podia olhar em frente e deixa-la partir Sua realidade seria para sempre algo Que ele enterraria pelo silencio que seu olhar não poderia dar Seus esforços não tinham em nenhum momento Algo que realmente o consolasse da dor que sentia Ela jamais poderia voltar... Isso era algo que ele jamais aceitaria Mais uma vez a noite chegava com sua poesia sombria Terminado o que a solidão havia começado A pena que sentia de si próprio o destruía Ele tentava respirar novamente Mas não havia como reviver o que havia acabado Ele rezava para que ela o escutasse Mas suas preces já não tinham efeito Ela havia desejado que seu sofrimento acabasse Mas tudo para ele era só mais um defeito Agora somente resta a culpa Por algo que ele nunca havia imaginado E todos os pensamentos o punem Ele só queria voltar ao passado Agora, esperando esta noite Ele, sem dor nem culpa Se prepara para o triste final Se junto dele, ela não pode ficar Então que esteja ele, para sempre com ela Juntos em morte Como não foram em vida O conto do fim, a canção errática... A bela face do fim, consolidando a poesia dramática... Ela sempre melancólica Ele sempre solitário Eles nunca haviam estado realmente juntos E agora estão unidos pela mesma lápide Triste fim tiveram os dois Em seus suicídios amargos Mais um lamento Mais um tormento Onde ele e ela se encontrarão Para recomeçarem O que a morte havia separado