Entra e fica à vontade A casa é sua Olha as fotos no armário Os livros na estante O café no fogão Eu molho as plantas no aquário Eu rezo pro peixe não ter solidão Dor e saudade Deixo na porta Cruzo o vão De meias piso o chão Sinto um nó Como a mulher que aborta E vendo essa sala A memória que invade É de um tempo em que o mundo cabia na mão E o pobre do peixe era tão inocente Pensava no gato como seu irmão