Tentaram muitas vezes me silenciar Calei por muito tempo, agora cês vão me escutar Preta vulgar a vagar Com rumo, porém sem lugar Teu passado, presente e o fim O futuro que tiro de ti Sou minha voz Enquanto canto isso Nocivo, insosso, omisso Te levo da ânsia ao riso O perigo do atrito promíscuo O meu peito lavado de choro Todas vozes ecoam no coro Daquelas que foram caladas Marielles, Mateusas, Dandaras O grito abafado potente A tua ameaça iminente A tentativa decadente De tirar meu direito de gente E eu vou me revoltar Eu vou me amar e amar Pois agora vou me revoltar Vou amar e amar e amar Bi-cha pre-ta não é carnaval