O guarda era o sósia do ladrão Esse ladrão foi quem matou o guarda E além de tudo quis se aproveitar da situação Pegou o cano e vestiu a farda Quando no quartel ele se apresentou no batalhão Sem a menor dificuldade O comandante lhe mandou entrar no camburão: - Vai fazer a ronda na cidade! E ninguém sequer desconfiou do impostor E ele foi ficando com vontade De ser mais um gambé, um protetor da sociedade Bem depressa se ligou que ser meganha era tão divertido É que atrás da farda ele não deixou de ser bandido E assim o seu dia a dia só confirmava a sua impressão de que nas veias do sósia corria o mesmo sangue que havia no seu coração Logo a ironia do destino veio comprovar no documento do PM O malandro era mesmo o assassino do seu irmão gêmeo