Preso em uma ilha Não sei mais Distinguir o que tange a minha percepção Marco na areia os dias da minha prisão Perceber a calma Preso em uma ilha Não sei mais Distinguir o que tange a minha percepção Marco na areia os dias da minha prisão Olhos mirando através das nuvens Escuto pássaros mas não consigo distinguir seus cantos Seria um corvo ou um pombo branco? O pombo não emite um som Perceber a calma A areia escorre (Entre as minhas palmas) Perceber a calma (A areia escorre) Entre as minhas palmas Aceitar o trauma Negrejar a alma Se libertar É uma opção Pode até bastar Um auto perdão Mentir a si mesmo Posterga a trama Não espere acorrentado Um erguer de mãos Mas a maré não parece subir ou descer As ondas mudam Mas as águas são as mesmas Murro em ponta de faca A maré não parece subir ou descer As ondas mudam Mas as águas são as mesmas Perceber a calma (A areia escorre) Entre as minhas palmas Aceitar o trauma Negrejar a alma Se libertar É uma opção Pode até bastar Um auto perdão Mentir a si mesmo Posterga a trama Não espere acorrentado Um erguer de mãos Viver e navegar Exigem esperança Vir pronto ao mundo É uma ilusão Viver e navegar Exigem esperança Vir pronto ao mundo É uma Ilusão De criança No nau que varre as ondas, qual ancoras O fluxo barlavento, se transforma A vela que impulsiona, qual escora Também vela fraquezas, sem reformas Se some o que conforta, mar de rosas O fluxo sotavento, te transborda Marés não recicladas, já penosas O gosto amargo inunda, qual te aborda Esse mar de conflitos tampa as vistas O mastro, no horizonte, some agora Mapas velhos desviam a direção No reinventar das rotas, qual conquistas Atirar ao mar âncoras sem corda Bússola, astrolábio e constelações