Não dá pra esquecer a visão diante dos olhos daquela criança Chorando de fome com a mão estendida pedindo-me um pão A dor da miséria e da fome me invade a alma Quando tantos têm tanto se omitem ganância Fechando os olhos não veem a traição do futuro O que pode vir não dá pra saber Se quem passa fome sou eu ou você Revezes na vida podem acontecer Essa questão nos pertence temos a solução Quem tem fome não espera, vamos dar nossas mãos Somos uma família, somos todos irmãos Conversas, debates, promessas, não matam a fome, não Conversas, debates, promessas, não matam a fome, não Do que adianta minha crença, minha religião Se eu não sei ajudar estender uma mão Ao faminto que chora por falta de pão O mundo já está cansado, desacreditado Chega dessas promessas que não dão em nada Enquanto a fome não pára de fazer suas vítimas