Eu tenho duas violas que são as minhas riquezas São dotadas de beleza me dou muito bem com as duas Uma madeira outra carne numa intimidade louca Brincamos de boca aboca e vamos alem da lua Essa mata meus desejos com as duas curto a vida São de formas parecidas principalmente nuas Duas joias preciosas que eu toco nelas com jeito E esse nosso amor perfeito graças a Deus continua Uma chora quando eu canto Outra me tira da rua É de uma força tão grande Minha paixão pelas duas Lá no meu chão em seresta rodeados de pirilampos Aves noturnas do campo respondem dando alarme Sinto a presença dos anjos ouço um coral afinado Com as violas do lado não há quem não se acalme Nessa penumbra celeste Deus do infinito me ajuda Nisso uma estrela muda riscando céu lindo charme Olho pra cima e agradeço recolho as companheiras Guardo a vola de madeira e fico com a viola de carne