Caboclo madeira, gaúcho guapo Criado nos campos do sul do país Deixou este mundo chamado por Deus E hoje no espaço ele vive feliz Peão rio-grandense deixou este mundo Dia vinte e cinco de março partiu Foi num rodeio que tomava parte Que dos companheiros ele se despediu Foi triste a sorte do pobre peão Quando o pantaneiro a mangueira pulou Em seu pingo forte a toda carreira Em curta distancia o boi alcançou Foi numa laçada que golpe certeiro O boi pantaneiro se embaraçou Porem sua hora estava marcada Na frente do boi o cavalo tombou Igual uma fera o atroz pantaneiro Ao ver em sua frente o sozinho peão Investiu furioso e com uma chifrada Deixou o gaúcho sem vida no chão Porem sua alma igual pomba fugas Subiu para o céu, hoje é minha luz Em meio as estradas escuras da vida Na roda segura e meus passos conduz Gaúcho valente tombaste vencido Porem sua luta no céu continua Igual a são Jorge num cavalo branco No campo do espaço banhado de luz Na terra prossigo o vosso caminho Lutando eu espero a morte chegar Você que me guia na estrada da vida Na morte convido pra vir me buscar