(Tenório tenho uma pra te contar Que tu vai cair duro, ah ah Não, aqui não posso te contar Vem cá, detrás do muro Moita, Tenório Isto é que um meia-de-ligação, hã?) Nesse precário dia funério Chega o Tenório ao seu tugúrio Antes do horário Chega o Tenório todo simplório E ouve da área Um estranho falatório Entra o Tenório e vê Quitéria Com um ar assim De quem tem culpa no cartório Sem comentário vai o Tenório Abre o armário E dá de cara com o Porfírio Cheio de fúria, o bom Tenório Pega o Porfírio E vai trancá-lo lá na área Volta bem sério para Quitéria Que diz a ele Toda cheia de lamúria Não há, Tenório, motivo sério Para deixar o pobrezinho na intempérie Vai e retire-o de lá da área Pois bem precária É a saúde do Porfírio E o bom Tenório Que é contrário A contrariar a sua querida Quitéria Vai lá na área, pega o Porfírio Mais que depressa E vai levá-lo ao dormitório Nada de inglório nem vexatório A do Tenório Neste gesto humanitário Pois o Porfírio da nossa estória É o Luluzinho Queridinho da Quitéria (Há, há, entrou hein!)