Quando o artista ouve: Bravo
Da multidão que está aplaudindo
Seus olhos não retém o pranto
E brilha de gratidão

Quando do palco eu ouço: Bravo
Entendo que a minha própria história
Nasceu ao som de cada aplauso
E grito: Bravo a você

Você que eu não conheço
E nem sabe que eu existo
Só por causa de você
Você que encontrou retalhos
Do passado quando ouviu, meu cantar

É pra você que eu grito: Bravo
Você na sombra da platéia
Procura a mão velha e macia
Que há muito há muito não tocava

É pra você que eu grito: Bravo
Que já sentiu tanta ternura
Sozinho ouvindo-me em silêncio
Que pena tanto amor

Quando a cortina desce
O artista não esquece de você
Que aplaudiu
No camarim sozinho
Com lágrimas nos olhos
Grita: Bravo a você

É pra você que eu grito: Bravo
É pra você que eu grito: Bravo
É pra você que eu grito: Bravo
É pra você que eu grito: Bravo

Bravo, bravo, bravo...