Quando a gente se encontra em terra estranha As entranhas não estranham a comida que nos servem, não Foi assim com Abraão, e com Isaque, e com Jacó, e com José O sonhador, ali naquela prisão Quando a gente se encontra em terra estranha A esperança é o nosso pão Quando a gente é estéril, o caso é sério Não tem sombra, não tem poço, não tem moço E emoção não vai adiantar E foi assim com Hagar, e com Raquel, também com Ana E até a samaritana esperou para se saciar Quando a gente é estéril o mistério É viver do que chorar Quando a gente está ferido o nosso olor Não se compara aos amigos com suas explicações Foi assim em Samaria com Namã, e aqueles dez Também com Jó, cabeça aos pés Se falassem não ficavam bons Quando a gente está ferido, o Amigo É a Rosa de Sarom