Procuro um homem direito Pra uma moça toda errada Alguém que saiba dar jeito Nessa mulher tão coitada Que chora desesperada Dentro do meu próprio espelho Com o olho sempre vermelho De quem não enxerga mais nada Procuro o erro no engano Tudo certo e nada está Me acordam seus soluços Seus gemidos, pesadelos Me agarro o braço aflito De quem cai no precipício E as coisas que ela grita Me incomodam o coração De dia dela me esqueço Bebo chope, solto risos Converso com os meus amigos Um certo descanso eu mereço Ela só vem de manhã Ou na escura madrugada Quase sempre embriagada Quase nunca acompanhada A não ser de uma triste alegria Que ela chora em cantoria