Mirrorthrone

Racines Dénudées

Mirrorthrone


Lorsque emportée par de noirâtres flots écumeux 
La terre se sublime au dernier regard des malheureux 
Et laisse apparaître sous un sinistre clair-obscur 
Des entrelacs de racines pourrissantes et impures 

Le courroux de l'idée incomprise 
La revanche de la larme insoumise 
Laissant la vague percuter les rochers 
Grondant furieusement pour mourir épuisée 

Ce que la raison bergère a si longtemps ignoré 
Car à l'emprise des sens caché 
Vient de rugir d'une obscure puissance 
Tel les vagissements d'une seconde et vengeresse naissance 

Vengeresse car bien que présentes et croissantes 
Ces racines honnies ne furent que sous-jacentes 
Hors de portée d'une masse imméritante et désarticulée 
Qui n'aurait été en mesure de saisir leur force révélée 

Une vérité hurlée mais de tous ignorée 
Qui se voit par l'accomplissement de sa prédiction vérifiée 
Et par là même dévoilée aux yeux hagards 
Des êtres en chute jurant au hasard 

Laisse le corbeau chanter la mort 
Et le vautour se délecter du sort 
Le cycle immuable s'effectue inévitablement 
A travers les âges depuis la nuit des temps

Quando arrastada pelas negrumes espumas dos lagos.
A terra se sublima ao último olhar dos infelizes
E deixa surgir abaixo um sinistro claro-obscuro
Dos entrelaços de raízes apodrecidas e impuras

A fúria da ideia incompreendida
O desforro da lágrima insubmissa
Deixam a onda percutir as rochas
Grunhindo furiosamente para se extinguir

À qual razão a pastora a ignorou por tanto tempo
Pois, na exploração dos sentidos selados
Acaba de rugir de uma força obscura
Como os gritos de uma segunda nascença vingadora

Vingadora, porque, embora presentes e crescentes
Essas raízes injuriadas só estavam subjacentes
Inatingível por uma massa desarticulada e que não merece
Que não teriam sido capaz de discernir sua força revelada

Uma verdade uivada mas por todos ignorada
Que se vê pelo comprimento de sua predição verificada
E pelo mesmo trajeto desvelado aos olhos inveterados
Dos seres em queda jurando ao acaso

Deixe o corvo cantar a morte
E o abutre se deleitar da sorte
O ciclo imutável se efetua inevitavelmente
Através das eras desde a noite dos tempos