Com licença, minha gente Eu vou entrar Não sou daqui, só quero contar De onde o céu é mais azul Eu vim de lá Eu sou do Sul e dá pra notar Minha terra é o Rio Grande Nesta Pátria Brasileira É um torrão de barro preto Bem pertinho da fronteira Cara alegre e água fresca, tem por lá Se aperta a mão, do velho ao piá E se uma cordeona se espicha No balanço da vaneira, A moçada alarga o passo Que nem boi manso em ladeira E essa turma do pagode vai gostar O tranco é o mesmo, é só tentar (E a vaneira vem tinindo E o chão vai se abrindo Pra a gente passar Se empilham os tamancos, Debaixo dos bancos E o povo sai branco De tanto dançar!) Quando vai parar, repica E o fole se estica pra lá e pra cá E a Chica parteira se ri de faceira E sacode a caveira do jeito que dá! La vanera es cosa buena de bailar C'oa mão na mão, marcando no ar E a direita é na cintura do seu par Vem cá, morena, que eu vou mostrar! Quero deixar o convite De uma gente hospitaleira, Pra comer uma costela Bem gorda e assada inteira E, depois, dê-lhe bailanta, ao deus dará Quem não tentou, tenta, que dá! E se uma cordeona se espicha No balanço da vaneira, A moçada alarga o passo, Que nem boi manso em ladeira E essa turma do pagode vai gostar O tranco é o mesmo, é só tentar! (E a vaneira vem tinindo E o chão vai se abrindo Pra a gente passar Se empilham os tamancos, Debaixo dos bancos E o povo sai branco De tanto dançar!)