Eu, quando canto meu sambinha batucada A turma fica abismada com a bossa que eu faço Mas eu não me embaraço porque não há tempo Marco meu contratempo dentro do compasso Quem não tiver o ritmo na alma Nem cantando com mais calma faz o que eu faço Samba canção, samba de black, batucada Isto, pra mim, não é nada, o que vier, eu traço Teco, teco, teco, teco, teco na bola de gude era o meu viver Quando crianca, no meio da garotada, com a sacola do lado Eu só jogava pra valer Não fazia roupa de boneca nem fazia comidinha Com as garotas do meu bairro, que era natural Subia em poste, soltava papagaio e até meus 14 anos era esse meu mal Com a mania de garota folgazã Em toda parte que eu chegava, encontrava um fã Quando havia festa na capela do lugar Era a primeira a ser chamada para ir cantar E assim vivendo, vi meu nome ser falado, em todo canto, em todo lado Até por quem nunca me viu E, hoje, a minha grande alegria é cantar com cortesia para o povo do Brasil