Uma rosa vermelha No muro dos sonhos desfeitos Em tardes que são infindas E as cores, da janela, eu espreito Uma rosa na pedra Em pátios no mormaço São as agruras dos dias Num frágil calor do abraço Uma rosa que resiste Uma pedra no caminho E traz teu meigo sorriso Numa floresta de espinhos Com a rosa vem a saudade Com a pedra o peso do tempo Ando deveras apaixonado Pela flor ao sabor do vento