Rio Grande que levo longe Com as botas risco esse passo E sigo com o meu picaço Nos rumos da imensidão Carrego em minha guaiaca Os versos que canto agora Pra voltar não tenho hora Se levo minha canção Rio Grande berro de touro, pata de cavalo Rio Grande, pajada, gaita e violão Na serra o vinho me aquece No litoral a cachaça E bebo sempre de graça Se vai comigo um violão Na fronteira me emparcero Com a castelhanada buenacha E entre una cerveza e otra Se ensaia um vanerão O quero-quero que grita Que quero quero as percantas E o Rio Grande sem bailanta É o nordeste sem baião Por isso o xote, a rancheira Um xaxado a la vanera E um bugio de primeira Terminam num vanerão