Vou repisar os meus rastros Percorrer caminhos gastos No alvorecer dos meus dias Pra reencontrar a alegria Que se perdeu desgarrada Nalguma curva da estrada Vou repisar os meus rastros Recorrer matas e pastos Com toda a serenidade Pra reaver a saudade Que eu escondi nas macegas E nunca encontrei nas bodegas Mil gracias meu soberano Pois, se o destino aragano Me derrubou de boléu Faltou o chão, não o céu E foi repisando os meus rastros Que voltei firme nos bastos Retemperei minha essência Pra seguir nesta querência Sem refúgio, sem guarida De a galope na vida Vou refazer minhas trilhas Cruzar várzeas e coxilhas Vou afastar meu quebranto Pra resgatar meu encanto Que se extraviou pelas grotas Onde gastei minhas botas