Um clarão vem na janela As estrelas brilham em calmaria A noite segue na luz das velas Não vejo frascos pra contê-las Num quarto cheio de melodia Mas sigo a Lua em quarto ausente Lua nova e Lua minguada Lua cheia de conflitos da gente Cânticos novos que a alma sente Numa trilha escura e enluarada A Lua na janela emoldurada Farol da imensidão E um vão em sentinela Com o pensamento nela E o firmamento em rotação A noite avança sem cerimônia Num alinhamento de planetas E vai serena a minha insônia A reboque das peleias Como a Lua na cauda de um cometa