Cordeona, prenda faceira Choramingona e manhosa Que se requebra dengosa Entre a carícia dos dedos Te para embodocada A retoçar em meneios Parindo ternos floreios Retovados de segredos Abre a gaita, espicha o fole Puxa o baile a noite inteira Não tem nada, não tem nada No compasso da vaneira Quando te desendorilhas Como a pedir um abraço A soltar notas no espaço No lombo da querumana Tirando brocas de cascos E a cicatrizar basteiras Lembra carpas de carreiras De antigos fins de semana Recordas beijos rompendo O alambrado dos desejos Quando entropilha solfejos No corredor das hileras Teu som paleteando a pampa Num contraponto ponto à flexilha Tem cheiro de maçanilha Mesclado a erva-cidreira