No galpão da amizade roda solto o chimarrão Entre araganos, gaudérios e toda a peonada A cuia do mate traz a xucra tradição Na dança de causos e parceiros de mateada A erva-mate partilhada numa roda campeira É símbolo da querência no chão desta terra A cuia afaga mãos calejadas de chicolateira E adormece com a chaleira cansada de guerra Os risos ecoam como um tilintar de esporas Nas histórias contadas na mira das garruchas As peleias que assombram a escuridão lá fora E olhos arregalados das façanhas gaúchas E ao fim da noite quando a Lua diminuta O mate amargo aflora a saudade dos peões E o dormente aconchego da chama resoluta Some no andar do tempo nos galpões